O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da AMAU vem monitorando o cenário da pandemia regional desde março, quando surgiu o primeiro caso na região. Nesse sentido foi implantada a Plataforma Regional de Monitoramento (PRM), que avalia vários indicadores, entre eles o dos casos ativos.

Casos ativos

A R16 atingiu em 22/07 o indicador de 543 casos ativos, o que foi considerado, na oportunidade, o maior número de casos de contaminação por coronavírus na região. Após a adoção de várias ações e estratégias regionais de enfrentamento a região conseguiu declinar para, apenas, 48 casos ativos, o que foi registrado em 14/10.

A partir dessa data e observando inúmeros fatores que contribuíram para um novo cenário, a R16 começou a verificar uma alteração no desenho da curva epidemiológica, que deixou de ser descendente e passou para ascendente, com o surgimento expressivo de novos casos de  contaminação. Em 18/11 os mapas apontavam, para o universo monitorado de 34 municípios, 763 casos de Covid e, em 27/11 atingimos o pico, com o registro de 1.081 casos positivos de Covid.

Nesse período considerado o momento mais crítico da R16, começaram a surgir os reflexos decorrentes do elevado número de casos, como a elevação das taxas de ocupação das alas Covid (FHSTE e HCE), que atingiram patamares superiores a 80%, e surgimento, infelizmente, de inúmeros óbitos.

Para enfrentar o novo cenário, preocupante e sombrio, com possibilidade de saturação das estruturas hospitalares, uma série de medidas foram adotadas em caráter regional, para minimizar os indicadores negativos e, ao mesmo tempo, assustadores. Num esforço articulado, integrado e regionalizado as medidas oportunizaram uma redução do número de casos ativos, declinando de 1.081 para 248, em 28/12, segundo o último boletim regional.

Avaliação

Segundo Jackson Arpini, integrante do comitê regional, a R16 vivenciou um momento delicado quando se deparou com o surgimento alarmante de casos de Covid. “Sentimos na pele o avanço dos indicadores, que resultaram em uma saturação dos hospitais e registro de vários óbitos. Perdemos amigos e próximos para o cruel coronavírus”, pontua Arpini.

Estamos novamente diante de um novo cenário, com números mais alentadores e precisamos manter a região nesse patamar. “Somos sabedores do poder de virulência do coronavírus e, qualquer descuido pode alterar, e rápido, o desenho da curva.”

Estamos atravessando um período que requer muito cuidado, tendo em vista o período do ano, com dois feriados festivos que oportunizam a junção e deslocamento de pessoas. Para tanto necessitamos da sensibilização e conscientização da comunidade local e regional, no sentido da adoção das medidas preconizadas.

“Reitero, os indicadores da Covid expressam o comportamento da sociedade. Melhoramos graça ao esforço coletivo e precisamos manter essa linha de atuação. Mesmo com números e indicadores melhores, ainda estamos em estado de alerta e sob bandeira vermelha”, coloca Arpini.

O comitê regional, na reunião realizada hoje pela manhã, 29, entendeu, face aos indicadores e, especialmente ao momento, que não existe possibilidade de adoção da cogestão a nível regional e, sim, somente à nível de cada ente municipal, considerando que muitos municípios da região (13 municípios) não apresentam nem óbitos e nem internações nos últimos 14 dias.

“Temos que manter a região vigilante para a chegada de 2021, onde poderá ocorrer, infelizmente, caso a população não adote as medidas preconizadas, uma elevação dos casos ativos, o que traz no seu encalço vários reflexos na saúde, economia e sociedade.

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