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Pandemia

Diante do agravamento dos números, governo do RS cobra ações mais restritivas na região.

 

A secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul e o GT Saúde classificaram pela terceira vez consecutiva a R16 – que inclui os municípios da AMAU + Nonoai e Rio dos Índios – em Alerta, conforme o Modelo de Monitoramento do executivo gaúcho, e cobrou ações imediatas para buscar melhorar os números da pandemia na região.

Para discutir o tema, a secretária de Saúde Arita Bergmann convocou a R16 para uma reunião por vídeo conferência na manhã desta segunda-feira, 14, com a participação do procurador geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles, o secretário de Apoio aos Municípios, Luiz Carlos Busato, prefeitos da AMAU e representantes do Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus.

Na oportunidade, Arita Bergmann fez considerações sobre o cenário da epidemia a nível regional, destacando que o Alto Uruguai vem apresentando um elevado número de casos ativos e crescimento acelerado nas últimas semanas – maior do que o próprio RS.

Em sua manifestação, o representante do GT Saúde, Bruno Naundorf, apresentou os indicadores do boletim regional do Sistema 3As (aviso, alerta e ação), que apontam para um crescimento dos casos ativos na AMAU (aumento de 74,1% em uma semana), sobrecarga dos leitos hospitalares e elevação dos óbitos, quando comparado com boletins anteriores.

Nesse sentido, os representantes do Estado chamaram a atenção dos prefeitos e representantes do comitê técnico indicando que é preciso ‘apertar o cerco’, a partir da  adoção de novas medidas visando minimizar os indicadores e, também, reduzir a circulação das pessoas para diminuir a velocidade da transmissão do vírus. “Sabemos que a R16 já promoveu algumas ações efetivas, mas ainda é alto o número de casos ativos, ocupação de leitos de UTI e clínicos e o aumento nos óbitos. Por isso, novas medidas devem ser adotadas para o enfrentamento da doença’, resumiu o representante do GT Saúde, Bruno Naundorf.

O presidente da AMAU e prefeito de Erechim, Paulo Alfredo Polis, apresentou durante a reunião com Arita Bergmann iniciativas adotadas pela R16 no sentido de reduzir os indicadores negativos, salientando que os números estão sendo monitorados diariamente para verificação da eficácia das ações. Contudo, ele não descartou a possibilidade de novas ações, desde que necessárias e embasadas em dados técnicos. Na tarde de ontem, a AMAU reuniu-se para discutir novos posicionamentos, que devem ser comunicados nos próximos dias. Conforme o membro do comitê regional, Jackson Arpini, lembrou que ações adicionais estão sendo esboçadas no sentido de atender à reivindicação do Estado, e também com o propósito de reduzir a velocidade de transmissão do vírus. “Nossos dados apontam que chegamos ao segundo maior pico de casos ativos (1.076 casos), desde março de 2020, quando surgiu o primeiro caso e podemos ultrapassar o maior pico caso não haja uma participação efetiva de toda a coletividade”, pontuou Arpini.

Atualmente 14 das 21 regiões de saúde, sob a ótica do monitoramento da covid-19, estão em classificação de alerta.

Testes

A secretária de Saúde Arita Bergmann ainda informou que o governo do Estado deve enviar nos próximos dias 56 mil testes rápidos de antígeno às 14 regiões do RS em estado de Alerta. Com isso, a ideia é identificar os casos positivos da doença, permitindo que, não apenas os infectados sintomáticos, mas àquelas pessoas que tiveram contatos com eles, também possam ser monitoradas.

Saiba mais

Conforme o GT Saúde, na região de Erechim, a taxa de ocupação em leitos de UTIs no domingo (13) era de 87,7% – restando, ainda, sete leitos livres de UTI. A taxa de mortalidade acumulada nos últimos sete dias havia sido de seis óbitos a cada 100 mil habitantes.

A incidência de novos casos confirmados para covid-19 na R16 revelou-se maior que a média estadual – 507,4 casos por 100 mil habitantes na última semana. No RS, essa incidência foi de 341,1 a cada 100 mil habitantes.

R16 é quem mais vacina

Apesar da gravidade do quadro, o governo do RS também reconheceu o trabalho de  imunização na região, que deve, com o avançar da vacinação, apresentar reflexos positivos. Hoje, a R16 está na primeira posição das 21 regiões de saúde – em relação à aplicação da primeira dose da vacina (38,3%), e na segunda posição, com a segunda dose (16,9%). “Enquanto não tivermos a maioria das pessoas imunizadas, vacina é usar máscara, adotar medidas de isolamento dos casos sintomáticos positivos e dos contatantes, além de obedecermos os protocolo de etiqueta respiratória’, finalizou a secretária Arita Bergmann.

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